Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

quarta-feira, agosto 11, 2004

Sussurros para a Ana



E agora,
Tudo começou
nada acabou,
a luz acendeu,
o amor cresceu,
a noite esfriou,
e agora, Ana?
e agora, sou teu
tu tão estranha
que ama,
que me apanha,
você que sabe que sou seu,
que desenha
e agora, que me doeu
o coração, pois sou seu.


Tu mulher,
me faz sem tino,
estou sem discurso,
estou com carinho,
já não posso ser,
já não posso amar,
fugir nem sonhar
não posso querer
pensar em te ter,
o dia não veio,
o noite não ia,
o riso tão cheio
não veio a utopia
e tudo começou
e tudo sinto
e tudo abriu,
e agora, Ana?
Será o que pressinto?

É a Ana
A sua doce palavra,
O seu instante leve,
seu porto e sua amarra,
a fofura de neve,
A leoa com garra,
sua paixão de Eva,
sua doçura que me agarra,
seu amor nada breve.

Tem-me na mão
que grande paixão,
não existe amanhã;
quero ser seu amante,
mas não há paixão vã,
que expluda de rompante,
o amor leva sempre avante.


Se gritasses,
se gemesses,
se tocasses,
se me amasses,
se eu dormisse,
se eu cansasse,
se eu morresse,
Mas não morro,
Por pensar em ti.
És tu Ana por quem corro
Ama-me a mim!

Assinado: Arthe (2004-08-11)