Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

sábado, novembro 13, 2004

Quadros



Quadros negros,
Quadros cinzentos
colados numa parede de som,
pinturas transparentes,
sem qualquer forma ou dom,
sem vergonha e com mentira,
tudo se apreende na âmago do teu ser
Quadros lindos são quadros feios,
quando o teu amor não o tenho ou vou ter
Quadros feitos por pintor famoso,
nada me dão nada quero ou virei a querer,
quadros feitos por mãos divinas,
são mais feios se a tua iris imaculada,
não os verem de prazer.
Porem mesmo sem saber, libertas o teu ser,
Esse corpo de criança,
Essa alegria inocente,
Está mais presente, que o meu ter.
Porém libertas de sentimentos ou mistérios.
toda a minha alma que apenas irá sofrer.
Pinceladas de tons por fazer,
São apenas esboços de vidas por acontecer,
Aos encontros de linhas nascidas,
de vidas sofridas, de mortes merecidas.
Quem morre, quem fica? São vidas.
Dou-te a minha vida, o meu sangue,
a minha alma, o meu espírito.
O que é o amor?
Os quadros das vidas ficam nas paredes,
nas paredes manchadas em dor.
Um ser, um palácio de tempos dasavindos,
Pequenos momentos da vida,
pequenas recordações de tempos passados, corridas.
Tu estás em todo o lado.
Tu para mim és o meu quadro.
Sou um quadro...

...são quadros,
são vidas.


Assin: Artur Rebelo