Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

segunda-feira, agosto 30, 2004

A curva negra do coração

Com um esforço dedicado, consegui apagar a lembrança dos teus olhos, do teu sorriso e dos teus lábios da minha mente. Aí, já não habitas.

No meu coração, ainda és um fantasma que me vai assombrando dia após dia, noite após noite, sonhos após sonho.
Rondas pelos seus cantos mais escuros, deixando um rasto pelo caminho de amargura e nostalgia. Tanto andas que formas correntes geladas nas vielas mais esquecidas, levantas os monstros e os meus medo, crias furacões indestrutíveis. E por isso, habitas a curva negra do meu coração.

Longe estão as esperanças vãs de momentos felizes, de ver os teus olhos sorrirem só para mim e de poder reclamar todos os teus beijos. Agora, tirei-te da minha mente... mas arrancar-te do coração está a ser uma tarefa difícil. Hei-de conseguir.
Todas as ervas daninhas sucumbem um dia. E tu és uma erva daninha em mim, a pior de todas, a que mais fundo criou raízes pois foi a que mais esperanças de um amor feliz me deu.

És, então, uma assombração em mim, daquelas assustadoras mas sempre com um sorriso irresistível que me leva a cair em abismos negros por seguir os teus olhos. Esses olhos, esses lábios entreabertos cuja imagem pena no meu coração.
Mas a tua força está a enfraquecer, peço com todas as forças não te reencontrar.
Tenho medo de falhar porque apesar de seres uma assombração, tanto terrível como sedutora, ainda habitas a curva mais negra do meu coração. E não quero me despistar nessa curva.

(ainda bem que nunca vais ler isto)


LadyFullMoon

2 Missivas:

  • Anonymous Anónimo, escreveu…

    Pois é espero que o caminho a seguir seja o correcto.

    Espero que ultrapasses esta dúvida que tens.

    O meu ombro continua aqui.

    Em beijo de amigo.

    Assin: Arthe

     
  • Anonymous Anónimo, escreveu…

    Pois é espero que o caminho a seguir seja o correcto.

    Espero que ultrapasses esta dúvida que tens.

    O meu ombro continua aqui.

    Em beijo de amigo.

    Assin: Arthe

     

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