Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

segunda-feira, outubro 18, 2004

LISBOA DOS POETAS

À cidade ebanizada de ruptura,
É senti-la nas veias da alma,
Na caverna mantida e escura
Profunda, rarefeita e calma.

Nos passeios estranhos atribulados
Ou nas ruas apertadas passa alguém
Como pelos infinitos adros,
Donde esta cidade provem.

Esta cidade grande e cortante
Perfeita como os seios de uma mãe
Há quem se diga amante
Dos seus aromas férteis também.

Imponente ela é em amorfo edificado,
Mas pequena em balançante matéria,
Do céu brilhante matizado
Mas que tem coloração muito séria.

Escritores por ela amados
Que movem a caneta numa dança
Dos escritos francos atirados
Os únicos que ela se mostra franca.

Lisboa a minha cidade bela
És flor pungente açucarada,
Do antigo no moderno, singela
Pelo poeta dos poetas amada.

Assin: Versejador