Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

sexta-feira, outubro 08, 2004

Vento Quente de Inverno

Ao sentido brilhante da mente
Tal e qual o pensamento
Mais até que o calor lento e quente
Lança ao vento um sentimento

Brilhante este momento
De calor, do suor e do vento
É um vento quente de Inverno
Que toca no corpo não eterno

Nos teus cabelos húmidos
Denoto o perfume suave
Dada pelo vento dos ruídos
Vento quente duma ave

Este vento, um paradigma
Tal e qual o sentimento
Voa ao vento e fustiga
O corpo com o calor do momento

Ó vento, aquele que tece
Término dos amores sazonais
O vento que arrefece
Amores de verão terminais

Afinal vento não és tão quente
Não passas de um labrego
Acabas com o amor da gente
E é o término do amor e do erro

Ó Vento quente dos malditos
Que tolhas a carne e os ossos
Ó vento dos amores proscritos
Dos amores e dos remorsos

Afinal fomos injustos
A culpa não é tua, é nossa
Não eram amores eram sustos
Mas escolhemos ficar na fossa

Vento quente de Inverno
Segues ao calor do Verão
Calor esse mais moderno
Do ódio e termino da paixão

Afinal, és um vento só
Não tens culpa dos amores
Amores que acabam em pó
Que terminam como as flores

Amores sazonais das juras falsas
São falsos tais amores
E tu vento quente o realças
Mas és o vento quente dos calores

Ao vento quente bandido
Fora da época normal
Me deixas o corpo moído
Das minhas dores fatal

Acabas os amores
Mas eu sei o teu mal
Provocas-nos dores
Pois és um vento anormal

Vento quente do Inverno
Desencadeador de todo o mal
Já estás a ficar fraterno
Pois és o que vem antes do Natal

Acabas com os amores
Mas és um vento quente
Provocas as dores
Ao nosso corpo, à nossa mente
E a toda gente.

Ó vento quente de Inverno
Hás-de voltar outra vez
Aos olhos e à nossa tez
Hás-de ser sempre eterno

Assin: Arthe

Poema dedicado a ti Silvia, que me ignoras...