Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

quarta-feira, novembro 17, 2004

Delim Delão...




Delim delão,
Toca a sineta

Delim delão
Tal pandeireta.

Delim delão
Toca uma vez,

Delim delão
e toca mais três.

Delim delão
Ninguém atende.

Delim delão
Assim ofende,
Ouvidos dos vizinhos.

Delim delão
Já cheiinhos
Que gera confusão.
- Não vê que não está?

Delim delão
- É missiva urgente!

- Já chega, não já?
- Já não estou contente.

Delim delão
Chora a criança.
- Já está...
...acordou o puto.

Delim delão
- Desculpe lá,
Esta constância,
É caso de luto.

- Ah podia ter dito.

Delim delão
- É coisa de grito
- Morreu-lhe o Irmão.

Delim delão.
Alguém abre a porta
E cai ao chão,
Não está morta,
Foi aperto do coração.

Assim,
É o fim do
Delim Delão.


Assin: António Moreno (2004-11-09)

2 Missivas:

  • Anonymous Anónimo, escreveu…

    Parece os poemas de Gedeão...

    Escreves bem.

    Rui Dias

     
  • Anonymous Anónimo, escreveu…

    Parece os poemas de Gedeão...

    Escreves bem.

    Rui Dias

     

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