Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

quinta-feira, dezembro 15, 2005



Vento leva o corpo àquela mulher


Trago em mim a tua imagem
Enterrada no fundo da minha alma,
Este frio vento leva a mensagem
Do ser triste e salgado
Que na solidão calma
Sopra sem ser lembrado...

No pensamento
Que facilmente
Escala o teu ser
Chamando o aroma lento
Nascido do meu corpo sem saber
E nesta brisa do momento
No meio de tão grande cidade
Sopra pensando em ti...
Na mensagem fria do vento
Que no meu corpo a saudade
Anseia tanto que sozinho chora
Profundo este tormento...
Não sei o que meu corpo sente
Ao descobrir o teu ser
Sei que o vento imenso
Irá suavemente ejacular
Procurando a mulher quente
Que sempre irei amar.


Assin. Artur Rebelo

terça-feira, dezembro 13, 2005


...Puta

Quem és tu?
Bruxa fria como o mar...
Sonho contigo
E não paro de te chamar...

Quem és tu,
Que não deixo de amar?
Não consigo
Dominar o que está em mim...

Quem me fez assim?
Gritar pelo amor que é segredo.

Não domino a luxúria,
E como a quero dominar
Mas perdido estou pelo medo…
Medo deste amor em fúria…

Amo tanto e sei que amo
Ando já cansado de calar
De domar o amor com a luta
De amar tanto que a gritar...
...te chamo...
...te chamo de minha Puta.

Artur Rebelo (Incluso na antologia "Dores")

quarta-feira, dezembro 07, 2005



Amor Puro

O Amor puro
É aquele amor duro,
Aquele do sonho rasgado
Na procura da luta cerrada,
Que o torna tão amado...

O amor puro
É o escuro
Da esperança fintada
O corpo profundo
Da volupia firmada
No infinito do segundo...
Ai amor puro,
O unico seguro
Que nasce nas dores
Da alma chorada,
Sem lagrimas ou temores
Que morrem no mundo...

Morrem tão fundo...
Na maternidade destes amores.

Mas serão sempre amores
dum amor puro.


Assin. Artur Rebelo