Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

segunda-feira, agosto 22, 2005

Na Noite...


Minha língua agita os teus sucos,
Meus dedos sedentos desse pecado,
Percorrem nos teus seios maduros
Que coroam o corpo trémulo deitado...

Esqueço a sede nos lábios carnudos,
Lembrando o teu nome em mim tatuado,
Nos olhos fechados a imagem sedenta
Do corpo na sombra da alma acesa...

No cheiro quente a lingua magenta,
Dança despida com orgasmos a nascer
De teu corpo faço a minha presa,

Calei o doce sonho na tua beira
Que grita pelo amor quase a morrer
Este amor que fazemos a noite inteira.

Assin: António Moreno

quinta-feira, agosto 11, 2005

Tenho Saudades...


Tenho saudades de ti...
Tenho saudades de mim
Saudades do nosso amor,
Tenho saudades imensas
Tenho saudades enfim
De ter saudades da dor...
Quem me dera
Que estas ondas intensas
Cheias de aroma e cor
Tocassem na esfera,
Que é a tua alma profunda
Que ainda amo sem pudor.
Tenho saudades de ti...
Saudades de nós...
...meu amor.


Assinado: Artur Rebelo (2005-08-11)
Incluso em "Dores"

sábado, agosto 06, 2005

Sussurros










Disseram-me um dia
Que cada esquina da vida
Poderia encontrar
Sempre uma saída...

Disseram-me um dia,
Que na felicidade do amar,
Faço do mundo a alma perdida
Que é teus olhos encontrar...

Disseram-me à tempos,
Que eu seria apenas mais um,
Teria dolorosos sentimentos
E viveria apenas para amar...

Disseram-me também
Que sempre teria sorrisos
Mesmo sem o amor de alguém
Que colorisse meus lamentos...

Disseram-me um dia,
Que dos sonhos fazia alentos,
Dos abraços mil avisos
Que é amar esta alegria...

Disseram-me tudo isto,
Mas nunca disseram nada de ti,
Não conhecia o amor e o risco
Do que por ti eu senti...

Num sussurro a ti conheci,
E num só sussurro me perdi...

Assino: Artur Rebelo (2005-08-06)

quarta-feira, agosto 03, 2005

Quero do teu corpo o sabor...












Sonhei o teu corpo em mim,
Corpo meu que adorna o teu,
O deseja tanto que o sente,
Como se fosse enfim
A vontade deste amor
Que é diferente...

Não há gente,
Nunca haverá gente
Na mancebia do ardor
Que o meu corpo no teu sente
Numa noite de amor,
Na chama da divina mente
Que o marca com fulgor...

Desenho o doce teorema
Com que queimo o teu corpo
Onde morre o meu sabor
Que chamo de esperma
Que acende o nosso fogo
Preso ao amor com algemas...

Não há gente
Nunca haverá gente
Que como tu,
Mereça estes poemas...

Assino: Artur Rebelo