Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

quinta-feira, julho 17, 2008

Sacio a minha sede de ti

Ao acordar sob a luz do dia
Que retrata o corpo com altivez
Minha mente olha e nada vê
É com preguiça o acordar da mente fria,
Traz à boca o mel das palavras
A lira seca e a garganta embaçada
Enquanto o meu verso treme de loucura.

Num louco delírio precoce
Tal grito que me põe ao léu
Da fúria que me provoca tosse,
Tal é o apaixonar das vidas
Como rouxinóis encantam o céu
Trazendo versos no teor do coração.

Quero suplicar um rio sem limites pelo olhar
Que desaguam das lágrimas no teu mar
Meu doce verso não mais cabe em mim
Proponho então a ternura
Meu verso explode sem gotas de amargura
Tão doce seria minha inspiração!
A sede de ti me toma!
No sentir os teus impulsos
E são confusos os meus sonhos
Pois estou saciado das angústias
Pois são duras as lágrimas da vida
Que se afastaram de mim,
Porque já senti o teu rosto,
E já venci o teu sorriso de menina...

Artur Rebelo

Parabéns, hoje é o teu dia.
Quarta-feira, 17 de Julho de 2008

segunda-feira, maio 19, 2008

O aproximar do Verão



Perto de uma imensa praia
O Verão já quase estala
Como a casca das árvores
E como o frio que ele cala...
O verão ao peito da jovem
Abraça de braços abertos,
Cresce em dias quentes
E do céu as cores que chovem,
Tal como os olhares certos...
O Sol cai nos corpos descobertos
que de tão simples os momentos
Tão pequenos e ardentes
que desenham todo um mar
Tão bom que ele está a chegar
O doce verão desses tempos...

Artur Rebelo

quarta-feira, março 12, 2008

Alimenta o meu leito

A tensão imensa do meu ser,
Não sei como nascida
Sei apenas que a posso ver,
Uma vida quente florida
Talvez um dia seja colhida
Pelo espinho obsceno
Do teu amor...

Coloco nas tuas mãos
Os meus caminhos desfeitos,
Quero nas minhas mãos
Os teus sonhos,
Apenas os teus sonhos
Não os teus peitos...

Mas no fim

Nas minhas mãos repousa
apenas o leito da inocência,
Leito totalmente vazio
E de cor de prata...
Vem partilhar comigo
O jeito dos corpos,
Partilha o teu fruto
Esse fruto que mata
Saciando a ânsia fugida
Inundando o vazio do leito
Inundando de amor a vida...

Assina: Artur Rebelo.
Para a Ana Sofia que adoro.

segunda-feira, março 10, 2008

Nome

Ana, teu nome é magia...

Caem lágrimas na largura do dia
Onde choro com a aflição da alma
Amo com todas estas palavras
Em que a dor de tais lágrimas
Refletem o brilho da lua calma...

Uma ilusão demasiado fria
Onde o fogo do meu peito
Desenha as imagens escritas
Que pintam o silencio feito
Na dor as imagens que eu queria.

Criadas no momento de tristeza
De escrever o amor sem companhia
Pintar o amor duma velha idade,
De pensar no peito a tua beleza,
Ao escrever esta minha verdade...

Sabes qual é o nome?
Eu respondo com saudade
Tu és meu corpo de ferida
E o teu nome para mim,
É nome da mais pura magia...

Assino: Artur Rebelo

segunda-feira, abril 09, 2007





Teu mundo...


Estou perdido,
Tal sentimento de não ter
Tudo que é terno
Teu mundo tão belo
E ferido pergunto,
Será que o mundo é assim?
Sentido
Imagino teu cheiro,
Esse mundo que está afastado de mim,
Dá-me uma razão
De não sentir a imensidão
de dia após dia o ter.
Então a pergunta é uma resposta,
A ilusão do teu mundo
É o meu prazer.
Dá-me uma razão,
Para voltar à razão
Do que é profundo
...de tanto eu o querer.
Quero o teu mundo
E a liberdade dele tão saber...

Artur Rebelo

segunda-feira, março 05, 2007

Lembro de ti, minha flor.

Nesta flor húmida,
Senti toda uma ansia,
Como a dor oprimida
Na cor verdadeira da mesma,
Sinto o calor do afecto,
Na memória que ficou acesa,
Vou vivendo a ferida
Numa outra antes oferecida...

Solto a pétala desprendida
Não quero apenas a memória,
Porque nunca a senti esquecida
Mas ao amor desta flor ainda amada,
Tal flor como uma mulher,
Vive o amor sem mesmo o querer,
Dando-se imenso e tanto
Mas lá tão longe,
Longe do meu prazer,

Artur Rebelo

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Há poetas...

Há poetas que morrem todos os dias,
Há poetas que pintam o amor,
sem conhecerem nem a sua côr,
Há ainda aqueles que simulam a saudade,
E aqueles que pensam
Que escrevem toda a eternidade,
Há poetas que o são sem nunca o terem sido,
Há ainda aqueles que como eu não o são...
...e o vão sendo todos os dias,
pelo amor não vivido.

Artur Rebelo