Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

O Amor e o Ódio são amantes.



Numa laia da confusão,
Estava algo cruel,
Estava a fama da tentação
Algo que no fim sabe a fel.

Mas é algo de desilusão.
Nos sonhos de um lunático,
Cresceu o amor em armistício
Na ligação nasce um frio ártico,
Brota das entranhas todo um suplício.
Chuva absolutamente ácida da tentação,
Chove no teu leito e cria um desperdício,
Para sempre destruído numa encarnação,
Estou tão confuso e destruído.

Numa laia da confusão,
Estavas tu cruel,
Estava a dama do não
Algo que sabe a mel.

Mas é algo de desilusão,
Nos meus sonhos de fanático,
Aprendi a crescer a te venerar,
Domei o teu amor venenoso,
Aprendi a lidar por te amar,
Nas tuas verdades vêm mentiras,
Apesar do teu ser generoso.
Por mais que os meus calores firas,
Amo-te e nada é doloroso.

Nos versos de um romântico,
Está o sonho triste e o pranto
Afinal da alma é o cântico
Do teu imenso manto
Deste teu ritmo,
Deste meu grito...

À laia da tua pessoa um projecto,
Pois é o certo e o certo é triste,
Esta sensação que a alma me dá,
O medo do amar subsiste,
Sempre existe e nunca acabará.

Amor e Desilusão
Os dois sentimentos,
Vitória e derrota,
Ódio e paixão,
Cruel e generosa
De todos os momentos
Do coração...

Assin: Artur Rebelo