Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

domingo, novembro 21, 2004

Melodias



Rosa a começar,
Desejo de embalar,
Alma dormente,
Vontade de mostrar.
Destinos emancipados,
Espíritos trespassados,
Momentos começados,
Corpos molhados.
Finge... E porquê?
O que é simples, o que é cruel,
Qual a diferença entre a virgem
E uma mulher de bordel?
Os olhos, os seios, as mãos
Os desejos, os sonhos, os nãos
Ai Sonhos... Visões da alma,
Repentes do corpo, espasmos da mente,
Saudades do nojo que é ser puro.
Será? Serão saudades, ou então não.

Corações batendo,
Simplesmente batendo,
Tal jardim cuidado
Tal uníssono correndo,
Uma simples borboleta
Dança ao vento,
Esvoaça tal alma nessa rosa
Rosa espinhosa que me embaraça
Rosa espinhosa tão linda, perfeita,
Apenas um momento
Apenas um olhar me deita.
Melodias dos teus olhos,
Que me vais fazendo,
Espasmos de seita
Abraços aos molhos,
Chegas-te assim,
Orgasmos em vagas,
O corpo se dá até ao fim,
Sonhos cor da dor,
Mãos envolvem-se,
Outra alma, outro amor.
Não há descrição deste sonho.
Lascivo insecto numa flor.
Qual é o meu fim?
Será que me perdi?
Ou somente me destruí?
Sonhos cor de dor,
Tu rosa, borboleta numa flor,
Outra alma, outro amor.
como um calor ausente,
Como um simples beijo desta minha mente...
Apetece-me gritar,
Espumar, esbracejar,
destruir, dilacerar,
fazer tudo ao meu alcance
para a amor abrandar.
Acordo!!! Estou insano.
Estou insano de amor
Dividiste-me num só momento,


Dedicado à Lúcia
Assin: Artur Rebelo (2004-11-18)

Foto original de Débora Roundita e trabalho gráfico de Olga Fonseca