Não vivo, sonho...
Acalentei o ócio e desdenhei a tua forma,
Renasci nervosamente numa sesta de tarde,
Mitigadas as horas que voam, é uma norma,
Do sonho ávido acordei, uma vida que arde.
Avesso a retratos do dia, ficou um conto,
Pitada de sal numa vida encoberta e calada,
Desenhada numa pauta esta vida de tonto,
Sonhei ao crescer no lado da física errada.
No desacordado tempo, forma de paixão,
Nos cacos colados dessa poesia sonhada,
Olho no olho, lábio num lábio, sem perdão.
Cópias de palavra ao sentir a vida desenhada
Diversas vozes a discutir o sonhar, são letras
Escrevo o dormir, o sonhar das penas certas.
Assin: António Moreno
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