Tempo...
Eu sou o de todos os momentos,
Tenho passado, tenho presente,
Mas sem futuro. Sou diferente,
Eu sou dos intrigantes tempos.
No início, era um ser inexplicável,
Adoravam-me era muito virtuoso,
Agora no presente, talvez indecifrável,
No futuro serei asqueroso e tortuoso,
De todas as partes de todas as eras,
Sou mau vento, sou o pó, desesperam
Amanhã, criatura pior que mil feras
Homens nasceram, homens morreram
Estrelas passaram, tiro sempre o alento
Eu permaneço sem futuro, sou o tempo.
Assin: António Moreno (2004-12-10)
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