E naqueles instantes,
naquele precioso momento
perdido entre os vários rompantes
da vida, tudo começou. O sentimento
Olhei-te demoradamente,
perdendo-me nesses teus olhos escuros,
negro líquido como abismos que atempadamente
me puxavam para os infinitos puros.
A partir daí, deixei de ter alma
e o fôlego que me dava vida
era somente para viver por ti. A calma,
da paixão desmedida.
Por ti. Por esses teus olhos negros
que eram a minha perdição.
Quando te olhei, soube que ao vê-los
encontrara a minha metade, a minha paixão.
E mesmo no meio da multidão.
Ainda não tinhas dado conta de mim
e já sabia que era teu, o meu coração
palpitou rompante tão forte enfim...
Antes mesmo de saber o teu nome,
reconheci-te como eu.
A parte da minha alma que se come
O meu corpo já não é só meu.
Olhei-te, mirei-te afastada,
observei cada detalhe do teu corpo,
dos teus gestos e da tua voz, que fada,
os teus olhos negros fulminam que morro
Em tudo em ti me encontrei.
Tudo em ti era eu também.
Saboreei aquele momento, amei
porque ia ser único e sabia bem.
A certeza de ti tinha um sabor
Encontrara a minha metade
e tu tinhas desperto em mim o amor,
era até dares comigo, mas que beldade.
Quando finalmente me sentiste,
Suspiraste fundo, sem reacção.
O meu coração parou, mas viste
Que eu estava em frustração
Reconheceste-me das nossas idas
naquele instante perdido
entre tantos das nossas vidas,
marcante e repetido.
Nesse momento havia uma certeza
Inabalável de nós.
O mundo era nosso e a beleza
estava ali só à espera de a sós
Juntos, porque o tempo e a grandeza
não separam à força de quem é um só
Assin: Arthe
(Plágio do texto da Fullmoon)