Dor infernal, flor morta...
Dor infernal partiste, ficaram os meus restolhos,
Dias claros aos demais, sem vento e quentes,
Nada esfria os cristais do paraíso, os teus olhos,
Meus olhos salgam os teus fechados, diferentes.
Como a lenta febre deste verão me destrói,
Tuas janelas de olhos que não mais latejam,
Mas não é o tempo que me tolhia, me corrói,
Eram outras as pérfidas febres que fraquejam.
A tua pureza no céu junto de um arco-íris matiz,
Sombras na terra, flor morta mas cheia de beleza,
Um reflexo brilhante do meu choro, sou um infeliz.
Sangro a minha alma, sangro toda esta natureza
Perdeste a vida princesa, perdi o teu olhar, morro
O meu ser sangra por fora e dentro, apenas choro.
Assin: António Moreno
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