Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

sábado, maio 21, 2005

Olhos de ébano claro


Sabes? O olhar teu que me banha
São das fragrâncias outonais
Que em mim ecoaram,
Me perfuraram, gritaram,
Atingiram cá dentro
No enegrecer profundo…
Julgas-me ao vento
Como se eu soubesse
Todos os sabores do mundo...

Eu, homem que desvanece
Nas tuas jóias castanhas sem fundo,
Que me banham e fazem de mim
Uma porta sem entrada…
Olhos que aclamam a terra assim,
Arrepiam as entranhas
Ofuscam o brilho da espada
Como se fosse um castigo
Ardem sobre o brilho das chamas
Que me queimam, imóvel fico.

Olha-me com esses filhos
Que reflectem o ébano de marfim
E assim fere os olhos dum amor antigo
São castanhos os olhos
Que quero a perguntar por mim…

Assino: Artur Rebelo

3 Missivas:

  • Blogger Uma estrela errante, escreveu…

    Adorei!

    beijo meu.

     
  • Anonymous Anónimo, escreveu…

    Um poema sobre olhares... este é especial porque são uns olhos verdadeiros, e que conheço duma menina linda.
    Gostei bastante
    Um beijo da
    {{coral}}

     
  • Blogger TECENDO PENSAMENTOS, escreveu…

    Divinal poesia, parabéns sempre.

     

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