Olhos de ébano claro
Sabes? O olhar teu que me banha
São das fragrâncias outonais
Que em mim ecoaram,
Me perfuraram, gritaram,
Atingiram cá dentro
No enegrecer profundo…
Julgas-me ao vento
Como se eu soubesse
Todos os sabores do mundo...
Eu, homem que desvanece
Nas tuas jóias castanhas sem fundo,
Que me banham e fazem de mim
Uma porta sem entrada…
Olhos que aclamam a terra assim,
Arrepiam as entranhas
Ofuscam o brilho da espada
Como se fosse um castigo
Ardem sobre o brilho das chamas
Que me queimam, imóvel fico.
Olha-me com esses filhos
Que reflectem o ébano de marfim
E assim fere os olhos dum amor antigo
São castanhos os olhos
Que quero a perguntar por mim…
Assino: Artur Rebelo
3 Missivas:
♥ Uma estrela errante, escreveu…
Adorei!
beijo meu.
♥ Anónimo, escreveu…
Um poema sobre olhares... este é especial porque são uns olhos verdadeiros, e que conheço duma menina linda.
Gostei bastante
Um beijo da
{{coral}}
♥ TECENDO PENSAMENTOS, escreveu…
Divinal poesia, parabéns sempre.
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