Transcendo o meu ser de dor...
Vagamente transcendo o meu ser,
Sempre me disseram que acontecia,
Mas fujo da minha carne pois não caibo,
Vivo estou, mas é um eterno morrer...
Fujo da minha apatia, tropeço e caio,
Sempre naveguei nas noites de letargia,
Engasgado em solidão acidez sentia,
Beijo a minha mão com aberta retina,
Foco na mente o teu corpo de menina,
Saboreio a minha derme salgada de suor,
Mas penso na tua pele tão linda e fina,
Perfidamente transcendo o meu ser de dor...
São sons, mergulhos interiores da mente,
O amor não designa nada deste sentir,
Embriaguei a noite num dormir diferente,
Caí num abismo sem fundo e transcendente,
Não sei nada, mas sei que não minto...
Penso num beija-flor amante da flor,
Penso na abelha amante do pólen,
Penso em tudo e penso em ti meu amor,
Finjo que voltas, mas não há ninguém
Finjo tanto e com cor mas não sou actor
A ausência dos teus lábios é pior que o além,
É abismo, é dor, toda a dor fica aquém...
Vagamente transcendo o meu ser,
Sempre disseram que acontecia
Disseram pois foi, alguém sabia...
E agora? Vivo estou mas a morrer...
Assin: Artur Rebelo
2 Missivas:
♥ Anónimo, escreveu…
Quem és...
ninguem escreve duma maneira como tu,
estou mravilhada.
obrigado por este canto de fina poesia
transcendes o meu ser de poesia...
♥ Anónimo, escreveu…
Quem és...
ninguem escreve duma maneira como tu,
estou mravilhada.
obrigado por este canto de fina poesia
transcendes o meu ser de poesia...
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