Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

sexta-feira, dezembro 31, 2004

Suicídio de amor...



Segrego acidez no meu ego,
Este destino que lento se fia.
Largo o tal amor que nego,
Eu que por ti sempre perdia.

Estava absolutamente cego,
Perdi-me em demasiada dor,
Em nada mais profundo pego,
Nunca mais sentirei um amor.

Amava tanto agora me encerro,
Fiquei cego de alma sem valor,
E ti negra morte me entrego,
Sem qualquer tipo de terror.

Sem medo do escuro me delego,
Corto as veias e perco o calor,
E por fim de sangue me rego
Até não mais sentir dor...

Assin: Artur Rebelo
Foto de: Spiked Heart Gate © Annette Fournet/CORBIS