Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

quinta-feira, abril 14, 2005

Sinto-te...



Sinto-te na memória da minha volúpia,
Na memória da lua que toca teu regaço,
Espalhou silhueta nua que de ti se vestia,
E rodeou o teu corpo num embaraço...

Sinto-te na memória da minha língua,
Que solta o amor liquido do universo,
Dos escritos nus a suplica do verso,
Dos escritos duros a suplica que vinga...

Sinto o fervor da memória dos nãos,
A ferida que se abre e lentamente pinga,
Molha-me de dor esse aroma alagado,

Sinto-te na memória das minhas mãos,
Salgado o peito pelo amor terminado,
Culpa da carne que ama o peito rasgado.



Assin: António Moreno
(Incluído "50 Sonetos do Moreno")

3 Missivas:

  • Anonymous Anónimo, escreveu…

    Meu Deus, Artur. Tu dás cabo de qualquer coração.

    és um poeta Lindo.

    beijo te***

    Rose**

     
  • Anonymous Anónimo, escreveu…

    Um poema triste e cheio de dor ,mas muito fascinante...
    lindo!

    beijo grd
    Rafaela

     
  • Blogger Uma estrela errante, escreveu…

    Belissimo!

    Sinto o fervor da memória dos nãos,
    A ferida que se abre e lentamente pinga,
    Molha-me de dor esse aroma alagado,

    Poema triste repleto de emoções.

    beijinho
    Isa

     

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