Tenho vergonha...
Tenho vergonha de ser triste
Da mágoa nascida na raíz,
Floridas na angústia do viver
Crescem na poeira árida que em mim existe,
Apresento-vos assim o meu ser...
Do ódio como aprendiz,
Sirvo-me de papel para a ti escrever
Horrenda a força que em mim cresce,
Ouço a voz que em mim causa medo,
Esta alma que anoitece
O sobreviver que acontece
A vergonha de ser um rochedo,
E vivo triste até que a tua imagem
de mim desvanece...
...da Vida.
Assin: Artur Rebelo
(Incluído na Colectanea "Dores")
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