Crescer...
Até há bem pouco tempo,
Brincava com bonecos,
Era o peito de minha mãe
o verdadeiro alimento...
E dela recebia afectos...
Até há bem pouco tempo
Resolvi fazer uso da caneta
Não pensava na morte,
Nem da alma que se arrebenta...
Não era poeta e tinha sorte...
Até há bem pouco tempo,
Era um travesso menino,
Do mundo fazia alarido som,
Corria pela rua sem sentido,
Foi ainda há muito pouco,
Mas agora sou vivido...
Agora persistem
lágrimas nos olhos soltas,
Em gotas poucas que existem...
E dizem ao coração,
Que uma mãe ama sempre,
Ela nunca nos diz não...
Agora no mundo dos outros
tenho um amor carente,
Os peitos são loucos,
Duma mulher alegre contente,
Os sentimentos são tão ocos...
Mas foi agora somente,
...o corpo cresceu, está diferente.
Assin: Artur Rebelo
5 Missivas:
♥ Anónimo, escreveu…
Não "mates" a criança em ti... E não acredites que os bons poetas são os que mais sofrem. A alegria também é poética...
Um xi,
Cláudia
♥ Å®t Øf £övë, escreveu…
Inevitávelmente o tempo passa,o corpo transforma-se e anossa forma de pensar também.Mas o importante é manter sempre um espirito jovem,positivo e aberto.
Boa semana.
♥ Anónimo, escreveu…
adoreiiiiii a imagem...mm
♥ Uma estrela errante, escreveu…
Gostei muito do teu poema!
Que a criança possa viver sempre dentro de ti.
beijo
Isa
♥ SL, escreveu…
Que o menino que um dia tu fostes venha a ter muitos anos quando partir...mas que seja sempre o menino, percebes?
Jinhos...lindas palavras.
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