Traição...
A cada palavra que soletravas,
Era uma farpa que se cravava na carne...
Então fugi daquela noite escrita em dor,
As tuas palavras já não escutava,
Nada existia simplesmente me odiavas...
Agora neste momento calmo ao meu dispor,
Os meus Olhos mancham tristes este papel,
Das palavras que me atiraste faço o poema.
Um poema que seja como o punhal, cruel...
Este dia cinzento é dia que me arde...
A frieza do tormento o meu tema,
Chamem o que quiserem até cobarde,
Mas ninguem sente esta dor extrema...
Escrevo os derrames que acho certo
Nesta folha humida de cor pastel
Que vai deambulando em verso...
Confesso à pena todo o meu fel,
Escrevo a dor maior do universo...
Assin: Artur Rebelo
5 Missivas:
♥ Uma estrela errante, escreveu…
Bom poema!
Gostei muito!
Isa**
♥ Anónimo, escreveu…
há males k vêem por bem *
♥ Que Bem Cheira A Maresia, escreveu…
Ao longo da vida vamos recomeçando muitas vezes, é a nossa sorte!
Bom fim de semana Artur
Beijo grande
MR
♥ Anónimo, escreveu…
A cada palavra que escreves, delicio-me. E sinto-me mal por me deliciar com aquilo que escreves quando sofres...
És bonito, na hora de escrever a tristeza...
Um xi,
Cláudia
♥ Anónimo, escreveu…
"Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te a lama que te espera!
O Homem que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera
Toma um fósforo, acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro.
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa ainda pena a tua chaga
Apedreja essa mão vil que te afaga.
Escarra nessa boca de que beija!"
[Augusto dos Anjos in Versos Íntimos]
"...Mas ninguém sente esta dor extrema..."
Deixo-te um beijo e um regresso à Vida, vivida e compreendida...
http://eternamentemenina.blogs.sapo.pt/
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