Não sei teu nome, apenas teu corpo.
Nos nomes feridos
Que se chamam às sombras
Que se conheçem na noite...
Sobra o pequeno dia
Com a noite interminável,
Onde ambos perdidos
Trocamos as línguas
Onde és menos fria...
Ainda não sei o teu nome,
Teu corpo mulher,
É corpo da noite,
Onde me encharco
Desse liquido prazer...
Preciso do corpo onde possa viver
Preciso do teu corpo mulher,
Onde possa morrer...
Amo-te contra o meu corpo,
Amo-te para além da beleza,
Amo-te contra teus olhos
Amo-te agora e aqui,
Não sei teu nome
Nem teu sonho,
Sei a tatuagem do teu corpo no meu,
Amo-te ejaculando dentro de ti,
Depois digo um adeus...
E para sempre parti.
Não sei teu nome
Apenas teu corpo,
Dele tenho fome...
Assin: Artur Rebelo
(Incluido na Colectanea "Calores")